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Reino do Sul - Judá
Pastor Ricardo
O Reino do Sul, conhecido também como reino de Judá,
limitava-se ao Norte com o Reino de Israel, a Oeste com a inquieta região
costeira da Filístia, ao Sul com o Deserto do Neguebe, e a Leste com o Rio
Jordão, o Mar Morto e o Reino de Moabe.
Era uma região montanhosa, fértil, relativamente protegida de
invasões estrangeiras (o território da Tribo de Judá manteve-se
basicamente o mesmo durante sua existência).
Sua capital era Jerusalém, onde encontrava-se o Templo do
Deus de Israel construído pelo rei Salomão para abrigar a Arca da Aliança.
O reis do reino do Norte construíram locais para adoração nos limites do
reino para não deixar que, ao subir para Jerusalém, muitos desistissem da
separação dos reinos como "desculpa" oficial, mas foi, na prática, por
causa de idolatria!
A dinastia de Davi foi a única a reivindicar o trono do Sul,
realçando a estabilidade política. O reinado da rainha Atalia foi a única
interrupção da sucessão davídica, mostrando que em Judá também ocorreram
intrigas políticas, pois cinco reis foram assassinados, dois foram feridos
por Deus e três foram exilados.
O Reino do Sul (Reino de Judá), cuja capital era Jerusalém,
sobreviveu mais tempo que o Reino do Norte! Só aproximadamente em 587 a.
C. a capital foi destruída e os moradores levados para o exílio na
Babilônia.
Segundo lemos na Bíblia, quando esses deportados voltaram do
exílio e tentavam reconstruir o templo, os Samaritanos tentavam frear a
construção! A separação política do passado entre Norte e Sul perdurou por
muitos anos, mesmo depois do fim dos dois reinos!
O Reino de Judá entrou em conflitos com os reinos de Moabe,
Amom e dos filisteus. Entretanto, o principal adversário político e
militar do Reino de Judá foi o Reino de Israel. Essa briga que durou anos
deixou marcas profundas entre os povos que eram um só antes da divisão e
que nem se falavam depois! Inúmeras vezes travaram-se batalhas entre as
dois reinos, com vitórias pouco significativas para cada lado.
Israel tornou-se fortemente influenciado pela cultura
cananeia e pela religião fenícia, enquanto Reino de Judá permaneceu, de
maneira geral, fiel à sua fé no Senhor, o Deus dos patriarcas hebreus.
O culto a Deus e a preservação da linhagem real davídica da
qual deveria vir o prometido Messias, de acordo com os profetas do Antigo
Testamento, é a justificativa para a misericórdia de Deus sobre o Reino do
Sul por mais tempo, ao passo que o politeísmo de Israel teria sido
responsável por sua ira sobre seus governantes e o fim do Reino muitos
anos antes.
O Reino de Judá viu o perigo das potências estrangeiras
emergentes quando a capital de Israel, Samaria, foi tomada pelo rei
assírio Sargão, em 722 a.C.. Mais tarde, o Rei Senaqueribe invade o Reino
de Judá e sitia Jerusalém, mas sem a conquistar.
O Reino do Sul persistiu por mais de um século e meio depois
da destruição de Israel. E mesmo assim teve um número muito parecido de
reis em comparação ao Reino do Norte. Acredita-se que esse fato de durar
mais tempo (mais de um século) e ter praticamente o mesmo número de rei se
dá porque, de modo geral, o Reino do Sul teve reis que foram mais
comprometidos com a vontade do Senhor.
A adoração continuou centralizada no Templo em Jerusalém,
conforme havia sido nos dias de Salomão. Mas ainda assim o reino de Judá
também teve problemas com a idolatria. Tal desobediência fez com que o
Reino terminasse aproximadamente em 586 a. C., com o início do exílio
babilônico.
Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor
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